Sunday, May 30, 2010

Ir e vir ; subir e descer!

No quastionário de avaliação das disciplinas do Pead, havia perguntas referentes à mudanças na vida pessoal .
Engraçado como é isto!
Nesta semana que passou me deparei com uma situação na escola que me exigiu um profissionalismo extremo.
Eu vivo nesta montanha russa , cheia de idas e vindas , voltas , subidas e descidas! De ser eu pessoa e ser eu profissional , de misturar os dois e separá-los.
Não deixamos de ser quem somos enquanto pessoas com ideias , convicções ,princípios, sentimentos ,ao chegarmos em nosso ambiente de trabalho.Mas quando estamos "em serviço" temos que deixar de lado muitos sentimentos , conter reações , pois não somos apenas uma pessoa. Somos ali um profissional que deve agir e pensar como um.
Não é fácil. É necessário um constante policiamento interno e um distanciamento significativo para conseguir manter o eixo.
Apesar de todas forças contrárias , mantenho-me firme nesta fórmula.
Não é nada fácil , quando somos testados a cada momento em nossos princípios .Mas não desisto, e acredito que um dia ainda conseguiremos ser reconhecidos enquanto profissionais da educação.

Monday, May 24, 2010

Ideais

Na semana que passou , mais especificamente na quarta-feira , 19 , os alunos saíram mais cedo e nós , professores do CAT tivemos um encontro com uma psicóloga do Ipa.
Foram tratados muitos assuntos, mas quero me referir aqui sobre minhas reflexões depois da palestra.
Durante nossa graduação em Pedagogia , tivemos várias disciplinas, inclusive psicologia e educação para pessoas com necessidades especiais. Fizemos diversas reflexões sobre nossa prática , lemos muitos pensadores e teóricos...
Mas sabemos que em nossa realidade surgem inúmeros "eventos" com os quais nos deparamos quase que diariamente que não são possíveis de prever .
A grande maioria destas situações envolvem complexos fatores , tanto familiares , quanto psicológicos , assim como emocionais e até mesmo pessoais/físicos.
Ao ter esta palestra , linkei com muito do que nos foi apresentado nas disciplinas de psicologia e educação de pessoas com necessidades especiais. No entanto há questões que cada vez são mais comuns em nossas escolas , como crianças e adolescentes com TDAH , com síndrome de Down , com síndromes como do pânico , bipolares , que são um enorme desafio , mesmo para graduandas como somos de um curso com o nível do Pead da UFRGS.
Apesar de buscar conhecimento de como lidar com estas situações em palestras , profissionais , cursos , sinto-me extremamente impotente em certas circunstâncias.
Sei que nunca estarei "pronta" , com conhecimento suficiente , e a noção disto me deixa bastante angustiada.
O meu ideal seria poder ser um profissional completo , com um nível de conhecimento que pudesse me auxiliar a identificar as necessidades de um a um de meus alunos e poder orientá-los em direção ao caminho que lhes fosse adequado. Seria poder ter um tempo significativo para poder ouvir mais meus alunos , poder perceber como melhor lhes ajudar , poder fazer mais e melhor por eles , para eles.
Sinto muitas vezes que sou tão falha neste sentido! Não consigo ajudá-los , mesmo vendo a urgência de certos alunos e suas famílias em terem "socorro" para suas necessidades.
Ainda acredito que em algum momento encontrarei um meio. Enquanto isto continuo minha caminhada!

Tuesday, May 18, 2010

"Liberdade para aprender." Carl Rogers

Terminei a leitura do "Crime e castigo" , do Dostoiévski, e iniciei a leitura do livro Liberdade para aprender , de Carl Rogers(1971).
Algumas falas que achei interessante do livro de Rogers , talvez por virem ao encontro de minhas ideias e crenças , transcrevo agora:
"Definamos , com um pouco mais de precisão , os elementos envolvidos em tal aprendizagem significativa ou experêncial. Tem ela a qualidade de um envolvimento pessoal-a pessoa como um todo , tanto sob o aspecto sensível quanto do aspecto cognitivo , inclui-se no fato de aprendizagem. Ela é auto-iniciada . Mesmo quando o primeiro impulso ou estímulo vem de fora , o senso da descoberta , do alcançar , do captar e do compreender vem de dentro. É penetrante. Suscita modificação no comportamento , nas atitudes , talvez mesmo na personalidade do educando. É avaliada palo educando. Este sabe se está indo ao encontro de suas necessidades , emj direção ao que quer saber, se a aprendizagem projeta luz sobre a sombria área da ignorância da qual ele tem experiência.O locus da avaliação , pode-se dizer , reside , afinal , no educando. O significado é sua essência . Quando se verifica a parendizagem , o elemento de significação desenvolve-se , para o educando , dentro da sua experiência como um todo."
"Os seres humanos tem natural potencialidade de aprender. São curiosos a respeito do mundo em que vivem, até que , e a menos que tal curiosidade seja entorpecida por nosso sistema educacional. São ambivalentemente ansiosos de desenvolver-se e de aprender."
Ao ler estes trechos volto novamente a refletir : Por que há tanta resistência no sistema educacional em atender estas necessidades impostas pelos educandos .
Este livro que leio , teve sua edição em 1971 aqui no Brasil. São quase 40 anos e me vejo constatando na prática esta realidade que já foi colocada há tantos anos atrás!
Pergunto qual deva ser o estopim da mudança?? Certamente , não sou a única a fazer estas considerações. Muitos educadores , pensadores já a fazem desde a "Didática Magna" até os tempos atuais.
Então , continuo a perguntar-me: Qual deve ser o estopim????

Sunday, May 16, 2010

"As teorias que as crianças formulam sobre o mundo ,mesmo quando certas ou erradas, não se constrõem ao acaso. Muitas vezes são ideias lógicas e racionais , baseadas na evidência e na experiência. A experiência pode não ser profunda , ou suficientemente extensa, a potencialidade do pensamento delas pode ser insuficiente para formular o que nós chamamos de uma teoria científica , mas o proceso pelo qual as crianças formulam estas ideias é muito semelhante ao processo científico."
http://peadalvorada6.pbworks.com/f/conhecimentoprevio.pdf
Se pensarmos nos salários , dizem que somos loucos de realizar um trabalho como o nosso para receber a vergonha que recebemos.
Mas somente quem sente o prazer que sentimos em ver tão claramente o desenvolvimento dos alunos sabe que o ganho , a recompensa ,é extraordináriamente maior do que isto.
A satisfação que tive nesta semana em conferir o crescimento do conhecimento dos alunos nos assuntos que estamos desenvolvendo sobre a água , é algo que não posso mensurar.
Posso apenas exemplificar com dois textos construidos pelos grupos :

Saneamento básico
As pessoas poderiam ajudar a não contaminar a água não jogando lixo em lugares impróprios. O governo poderia contribuir com verbas para o DMAE para ele fazer mais saneamento básico. As pessoas poderiam não botar dejetos perto de plantações , porque pode contaminar o solo e os lençóis freáticos. A cidade pode também ajudar a não poluir o lago Guaíba , para o DMAE ter menos trabalho e não ter tanta água suja. As pessoas podiam não colocar lixo e outras coisas no lago Guaíba porque essas pessoas também utilizam dessa água para muitas coisas.

Animais aquáticos
Nós não podemos botar lixo na água porque nós estaríamos matando animais que também são seres vivos e também estaríamos prejudicando nós mesmos botando lixo nas águas.Não é só na praia que não podemos jogar lixo, mas também nas calçadas , porque podemos entupis os esgotos que pode vazar e passar em frente às nossas casa. Não é só não botar lixo , também tem que informar as outras pessoas que estão matando vários animais como peixes , tartarugas , polvos e outros animais , principalmente a tartaruga , que estão tendo que fazer cirurgias nos veterinários para tirar o plástico de seu estômago.


Este conhecimento apresentado pelos alunos partiu de suas concepções ingênuas e foi alimentado pelo trabalho de trocas entre os integrantes dos grupos , que usaram principalmente de suas experiências e vivências.
Acredito que esta seja uma forte evidência de que , a partir da Arquitetura pedagógica que está sendo desenvolvida , a turma está construindo um conhecimento bastante significativo.

Thursday, May 13, 2010

Trabalhando com Mosaico

Ontem fiz um trabalho de Mosaico com a turma.
Para explicar e exemplificar fiz um texto sobre a história do Mosaico e selecionei algumas imagens , salvei no Pen drive e na escola apresentei para eles com o Data Show.
Depois fomos para a sala de aula e , em pequenos grupos , cada um fez seu Mosaico com papel de revista picado. O trabalho foi tão prazeroso que durou a tarde toda, fazendo com que eu transferisse a aula de história para a próxima semana.
Os alunos primeiro fizeram o esboço do desenho que imaginaram para completar com o Mosaico. Depois picaram as revistas , sem o uso de tesoura ( pois trabalhamos a motricidade fina nesta atividade) , e em seguida passaram o desenho para uma nova folha e completaram fazendo o Mosaico com os papeis picados.
Sei que sou totalmente parcial , mas ficaram LINDOS mesmo!!! Todos ficaram lindos! Os alunos corresponderam à proposta de serem criativos e fizeram desde o planeta Terra , uma espada , uma borboleta, um vulcão , um coração , figuras abstratas , um rio com peixinhos , um sol , uma paisagem , ...
E o mais interessante disto é que , na verdade , o planejamento era para fazerem nesta aula de artes uma colagem com areia e elementos da natureza. Como o tempo não permitiria que fossemos para o pátio e esta atividade somente poderia ser feita lá em razão da areia que não pode ser usada em sala de aula , ontem mesmo pela manhã pensei em "um plano B" para a aula de artes.
No final o "Plano B" foi muito produtivo !!!!!

Saturday, May 08, 2010

Uma visita de estudos e muitos sonhos!

Pensei , sonhei , desejei muitas coisas nesta semana!
O que desencadeou tudo isto foi nossa visita de estudos ao Planetário.
Como os alunos gostaram! E , consequentemente , como aproveitaram e adquiriram novos conhecimentos!
Então tive um desejo enorme , uma vontade de poder fazer isto sempre e com todos os conteúdos: Poder levá-los à experimentar , ver , imaginar ... Levá-los a lugares onde possam sentir o conhecimento, lugares que despertem neles esta alegria em aprender que pude ver no dia em que fomos ao Planetário.
Sinto muito mesmo não ser póssível este tipo de ensino (por várias razões , desde os pais por não poderem dispor e recursos financeiros para tantos eventos , como a escola não permitir tantas "saídas", e outros tantos...). Acredito realmente que o ensino onde os alunos vivenciam situações que lhes encantam , desenvolve o interesse no aprendizado e no assunto relacionado a ele.
Quando fui com eles no Planetário , lembrei(não sei o porquê) do dia em que nós do Pead fomos levadas pelo professor de Artes visuais , ao Santander Cultural e ao Margs. Claro que eu já havia ido a estes lugares antes , mas só o fato de estar com a orientação do professor e as colegas já fez uma certa diferença , tinha um outro astral. E não deu outra! Achei bárbaro! Lembro até hoje das obras que vimos e do quanto trabalhei com os alunos a questão da arte. Inclusive , uso muito as reflexões sugeridas e a forma do "ver a arte" , com meus alunos. Neste ano apresentei à eles uma série de representações de vários artitas sobre os direitos humanos e eles refletiram bastante sobre a relação entre frases e as representações dos artistas.
Enfim , cada vez mais acredito neste tipo de aprendizado , por experiênca própria e por prática profissional.

Monday, May 03, 2010

Na semana que passou constatei a clara noção que os alunos têm em suas dificuldades e quanto vão ao encontro das mesma que percebo neles.
Quando voltamos para refletir sobre o porquê de haver tantos alunos com dificuldade em resolver histórias matemáticas , eles mesmos conseguiram identificar que , dentro de um contexto ,não conseguem identificar as operações.
Então fiquei bastante inquieta com o fato. Por esta inquietação resolvi mostrar a eles passo-a-passo de uma resolução de uma história matemática , mesmo crendo na condição de aprendizado onde cada um encontra o seu caminho para este tipo de resolução.
Mesmo contrariando minhas ideias , fiz esta explanação. Certo que os alunos foram colaborando com formas , respostas , mas ainda não me senti satisfeita , porque estávamos em um coletivo , de uma maneira 'uniforme' de resoluçaõ. Realmente acredito , e digo sempre aos alunos , que o ideal é que cada um compreenda e pense como resolver. O caminho pode ser diferente para cada um , apenas os cálculos e resultados devem ser os mesmos.
"Na educação para a autonomia e a cooperação, as situações de aprendizagem buscarão ativar a discussão de pontos de vista divergentes, em detrimento da pura repetição de ideias e crenças , porém auto-subordinadas às regras do respeito mútuo e da cooperação."(Carvalho , Menezes e Aragon. 2007)
Mas percebi que era uma necessidade deles este 'norte' , então o mostrei!
Ainda pretendo trabalhar muito ao longo deste ano com eles para chegar onde acredito ser o caminho mais autônomo e efetivo de aprendizagem.
http://peadalvorada7.pbworks.com/f/Arquiteturas_Pedagogicas.pdf