Thursday, October 29, 2009

Arquiteturas pedagógicas

Fiz a seleção de alguns trechos do texto Arquiteturas pedagógicas (Carvalho;Nevado;Menezes,2007)os quais achei interessante destacar:

"Conhecimento não está assentado nas certezas , ..., mas sim nasce do movimento , da dúvida, da incerteza , da necessidade dsa busca de novas alternativas, do debate , da troca.

Pedagogia da incerteza-(...)tomando por base as ideias construtivistas de Piaget e a pedagogia da pergunta de Freire , educar para a incerteza implica:
*Educar para a busca de soluções de problemas reais -A incerteza , as contradições , a indeterminação , não são resíduos a serem eliminados , mas elementos constitutivos do processo.
*Educar para transformar informações em conhecimento:Conhecer implica em interpretar , relacionar , comparar informações (...)
Não será suficiente oferecer um ambiente rico em informações , mas sim proporcionar situações que privilegiem a busca de informações e interações significativas para a construção do conhecimento articulado, capaz de romper com os limites disciplinares .
*Educar para a autoria:Permite que o sujeito possa construir e reinventar seus projetos para receber e responder a desafios e manifestar seu mundo interior.
*Educar para a investigação:Uma educação para a incerteza deverá apoiar a atitude investigativa , permitindo que os sujeitos realizem experimentações , simulações em busca de soluções para as questões significativas do seu ponto de vista.
*Educar para a autonomia e a cooperação:Palavra ou ação própria . As situações de aprendizagem buscarão ativar a discussão de pontos de vista divergentes.

As Arquiteturas pressupõem aprendizes protagonistas.
(...)compreende o lançamento de problemas e formulações a partir de certezas provisórias e dúvidads temporárias.
(...)selecionar uma curiosidade , (...), denomina-se Questão de Investigação.
(...)inventário de conhecimentos (...) sobre a questão(...) pode ser classificado em dúvidas e certezas.

Não há como mobilizar pensamentos e ações que inexistam no sujeito.
O objetivo é envolver o estudante e criar expectativas quanto à realização de algo e a solução de um problema.
Três questões que devem ser satisfeitas pelo professor:(1)O que o estud ante deve saber para resolver o problema.(2)Ele pode realizar por si ou precisará de um especialista.(3) O que o estudante deve considerar.

Para cada pergunta deve se indexar situações que ajudem o estudante a iniciar e prosseguir com o problema de modo autônomo.

O texto na íntegra pode ser encontrado no link:
http://peadalvorada7.pbworks.com/f/Arquiteturas_Pedagogicas.pdf

Friday, October 23, 2009

Paulo Freire

Inspirada pela aula de EJA desta semana,e pela leitura do texto do frei Beto sobre Paulo Freire , resolvi adicionar este video !

Tuesday, October 20, 2009

Arquiteturas pedagógicas

"O caráter destas arquiteturas pedagógicas é pensar a aprendizagem como um trabalho artesanal , construído na vivência de experiências e ne demanda de ação , interação e mate-reflexão do sujeito sobre os fatos , os objetos e o meio ambiente socioecológico."(Carvalho ; Aragon ;Menezes , 2007,p39).
Arquitetura pedagógica é um termo usado para se referir à estruturas de aprendizagem as quais compõem-se de diferentes recursos.
Recursos estes necessários para o desenvolvimento de um trabalho investigativo por parte dos alunos.
Ao reconhecermos a importância do trabalho de investigação por parte de nossos alunos para a construção de sua aprendizagem e seu conhecimento científico , devemos considerar que é preciso proporcionar a eles meios para suas pesquisas ,para a busca através de redes que forneçam a eles dados para que seu trabalho de autoria seja consistente e carregue elementos que verdadeiramente tenham construído.
Nós , professores do Estado do Rio Grande do Sul , estamos acostumados ao improviso. Estamos acostumados a buscar saídas para nossas dificuldades de estrutura nas escolas de forma a substituir , criar , modificar , para suprir a falta de ferramentas.
No entanto acredito que ,para que haja a mudança real na educação do nosso estado e do nosso país , é preciso que seja investido na educação. Desde a qualificação de professores , para que possam conhecer e se utilizar das ferramentas tecnológicas da maneira adequada , quanto nas próprias ferramentas tecnológicas.
O que ocorre atualmente é que muitas escolas não tem computadores , ou tem , mas sem profissionais aptos a dar suporte aos professores, o que torna nulo o trabalho , pois se encaminha os alunos para a sala de informática para pesquisar um tema pontual para cumprir uma tarefa , perdendo-se assim a possibilidade de investigação , de construção , de uma linha de trabalho que proporcionaria aos alunos um outro olhar para a educação.

Wednesday, October 14, 2009

"Cuidado, escola!"

Por vezes me deparo a fazer certas relações que nem sempre fico à vontade em dividir com todos. Esta é uma delas , mas de qualquer forma , vou relatar aqui.
Vemos constantemente a placa "Cuidado, escola!" próximo das escolas. No entanto vou fazer aqui um trocadilho.
Citando um trecho do texto de Iris E.T. Costa e Beatriz C.Magdalena , "Revisando os Projetos de Aprendizagem em tempos de web" : "...os menores são mais receptivos a este tipo de proposta , talvez, justamente porque o tempo de escola deles é menor e a influência da formatação ainda não conseguiu emudecer suas curiosidades."
Difícil constatação esta! Estamos emudecendo nossas crianças e adolescentes , e também , como exemplifica bem o texto "O menininho" de Helen Buckley , retirando sua percepção de mundo e sua criatividade, para torná-los repetidores de modelos pré estabelecidos.
Será que é este caminho mesmo que queremos?
Enfim..."Cuidado, escola!"

Friday, October 02, 2009

Aprendizagem, Língua , Linguagem, Alfabetização e EJA

"Outra semelhança entre as línguas é que os usuários de qualquer língua podem expressar seus pensamentos diferentemente por isso uma pessoa que fala uma determinada língua utiliza-a de acordo com o contexto: o modo de se falar com um amigo não é igual ao de se falar com uma pessoa estranha. Isso é o que se chama de registro do usuário de uma língua. Quando se aprende uma língua está aprendendo também a utilizá-la a partir do contexto.
Outra semelhança também é que todas as línguas possuem diferenças quanto ao seu uso em relação à região, ao grupo social, à faixa etária e ao sexo. O ensino oficial de uma língua sempre trabalha com a norma culta, a norma padrão, que é utilizada na forma escrita e falada e sempre toma alguma região e um grupo social hegemônicos como padrão.
Ao se atribuir às línguas de sinais o status de língua é porque elas, embora sendo de modalidade diferente, possuem também estas características em relação às diferenças regionais, diferenças sócio-culturais, entre outras, e em relação às suas estruturas que também são compostas pelos níveis mencionados acima."
Este trecho foi retirado do texto " A língua de sinais e as comunidades surdas " que está no seguinte link da Faders "http://www.feneis.org.br/arquivos/As%20Línguas%20de%20Sinais%20e%20as%20Comunidades%20Surdas.doc "
Quando iniciamos a aprendizagem de uma nova língua podemos nos colocar na posição de nossos alunos , assim como compreender as dificuldades pelas quais eles passam.
Acredito que , para um educador , é importante compreender esta complexidade , e lembrar sempre dela.Tanto quando pensamos em alunos surdos , que já possuem o conhecimento de sua língua ,Libras , quanto para alunos do primeiro ano do ensino fundamental , que tem o domínio de sua língua falada , quanto para alunos de EJA , que também possuem o domínio da língua falada, porém não estão alfabetizados , no que se refere a língua portuguesa escrita .
Nos colocarmos na realidade de cada aluno que poderemos vir a ter é chegar mais perto da compreensão das dificuldades que poderão surgir. Ao refletirmos sobre isto, penso estarmos mais próximos de uma alfabetização baseada na realidade cultural destes alunos , o que a torna mais eficiente e efetiva.