Dificuldades

Na semana que passou , senti muitas dificuldades . Acredito que não somente isto , mas confesso que me decepcionei bastante , por diversas razões.
A primeira delas foi em ver 25 computadores no laboratório de informática , sem poder serem usados , por não estar com a manutenção em dia. Ver um mundo à disposição , rico em informações e atividades motivadoras , sem que meus alunos tenham acesso , me deixou bastante entristecida. Além disto , ter que aglomerar 6 alunos(que disputavam para digitar e buscar informações ) ao redor de um computador , idealizando o direito que cada um tem de ter este acesso, me deixou mais incomodada ainda.
Seguindo a isto , ter que aceitar a "regra" de que professores de área tem preferência ao uso do laboratório de informática , me deixou indignada. A condição é simples: Caso não haja professores de área interessados em usar , os professores de currículo poderão fazê-lo. Ora! Quer dizer que não somos percebidos como professores que podem desenvolver uma atividade construtiva com o auxílio dos computadores?! Pois é isto mesmo! Imagina-se que os professores de currículo não precisam destas ferramentas com seus alunos , que estes não realizam atividades significativas através destes meios. Enquanto a verdade é que os professores de área levam seus alunos para o laboratório de informática e os deixam lá para fazer "pesquisas" , e estes acabam por fazer uma infinidade de coisas ( entre elas depredar os computadores) não relacionadas a construção de conhecimento algum.
É lamentável uma situação como esta! Sinto-me muito chateada com estas dificuldades , principalmente por compreender agora o quão importante é o acesso a estas ferramentas por parte dos alunos e sentir na pele o quanto a escola descaracteriza ou desqualifica este tipo de ferramenta essencial nos tempos atuais para a educação.

Experimentando e refletindo

Ao iniciar o desenvolvimento da Arquitetura Pedagógica com meus alunos , fiquei muito entusiasmada com os resultados.
Se oportunizamos a eles posicionarem-se acerca de diferentes temas , verificamos o quão rico é o seu conhecimento prévio. No momento em que é dado aos alunos espaço para fazerem conversas e trocas sobre um assunto , levantando perguntas e suposições sobre ele , surgem uma infinidade de percepções deste. Este momento é muito rico , pois permite aos alunos perceberem seu conhecimento , assim como o conhecimento dos colegas . Isto os transforma! E eu pude ver claramente esta transformação.
Uma das observações que fiz no processo inicial da Arquitetura Pedagógica , foi de que os alunos sentem-se muito inseguros em colocar seus pensamentos e suas ideias sobre um determinado assunto. Ao gerar a pergunta eles buscam a orientação da professora para certificar-se se era adequada ou não , assim como no momento de dar possíveis respostas para a pergunta , a grande maioria dos alunos buscou a confirmação da professora .
Quando buscavam suas confirmações , minha postura era trabalhar neles a auto confiança , pois percebi que neste momento inicial seria preciso , para garantir o andamento das etapas que virão. Desta forma , ao ser perguntada sobre algo , devolvia a pergunta , como no exemplo:
"Sora , né que a água sai da nossa casa por uns canos ?"
Ao que respondi:
"Será que sai por canos ? Por que tu achas isto?"
E a aluna respondeu:
" Porque eu vi arrumarem uns canos na frente da minha casa e eu perguntei pro moço e ele disse que eram os canos que levavam a água da nossa casa."
Com momentos como este , podemos concluir que realmente , ao longo de nossas aulas , deixamos de lado um conhecimento rico que os alunos carregam consigo. Um conhecimento que poderia ser usado em aula - que deveria ser usado em aula- para dar um sentido mais amplo e concreto do ensino aos alunos.
Nunca achei tão adequado citar as palavras de Paulo Freire :
"NÃO É NO SILÊNCIO QUE OS HOMENS SE FAZEM ,MAS NA PALAVRA , NO TRABALHO , NA AÇÃO-REFLEXÃO."

Começando em "auto" estilo

Depois da presencial , já em casa ,após cumprir com meus afazeres domésticos ( como fazer a janta, organizar a cozinha , ver mochila do filho , fazer filho tomar banho , verificar as tarefas de tema , verificar o material de minha aula para amanhã...), deito-me na cama para aquele merecido descanso.

De repente - Bummmmm- surge uma ideia : como organizar os alunos para uma atividade que pode auxiliar na construção da Arquitetura Pedagógica.

Então- Bummmmm Bummmmm- lembro de umas orientações dadas pela Bea sobre o blog e o Pbworks.

Daí- Bum Bum Bum Bum- surge a ideia de como iniciar a página do Pbworks dos alunos.

Shhhhhhhhhhhhhhh Buuuum-penso em como organizar o side bar e as páginas do Pbworks do meu estágio.

Assim foi boa parte da madrugada: Uma explosão em cima da outra! Lembrava bem as comemorações de ano novo. Uma agitação DAQUELAS!!!!!!

Lá pelas tantas ( já tinha passado das 3h) , vencida talvez pelo cansaço físico , apaguei.

Hoje estou aqui , já às 7:30min da manhã , para ver se coloco em prática algumas das ideias que "explodiram" há algumas horas atrás.

Isto , claro , se as novas que teimam em sobrepor-se deixarem!

Um bom semestre à nós!!!!

(E com muitas explosões construtivas!)