Monday, July 30, 2007

Pára o trem....

Sabe quando queremos que pare o trem para descermos?!Pois é , estou querendo que ele pare!
Ando sentindo uma certa frustação com relação as minhas espectativas do PEAD.
Começamos muuuuuito bem! Fomos muuuuito bem no primeiro semestre e até a metade deste. No entanto , agora está tudo muuuuito confuso! Parece que toda aquela sintonia , aquelas trocas , as discuções construtivas e instrutivas dos fóruns se foram , se esvaíram... Parece não haver mais prazer , em meio a esta correria em função de prazos, de tantas atividades ao mesmo tempo, em que nos encontramos.
Estava me questionando com relação a isto , ao mesmo tempo em que fazia um comparativo com relação a minha prática enquanto educadora:
o que é importante, quando o aluno faz a atividade , ou a qualidade da atividade? Várias atividades em um curto espaço de tempo , onde o professor recebe e devolve corrigida, ou uma atividade produzida de forma colaborativa entre a professora e o aluno; uma atividade onde o aluno faça , reflita, troque idéia com a professora , retome a mesma e a complemente com sua compreensão à respeito ? Eu , enquanto professora , um a um de meus 28 alunos , procuro estar informada ao longo do tempo em que solicito que realizem a atividade e vou contribuindo com suas produções , dando sugestões do que poderia pesquisar , acompanhando passo a passo a produção de cada um. E enquanto aluna, como sou acompanhada? Por uma tabela , por comentários ( quando há) em meu webfólio após eu postar a atividade, em cobranças por e-mail de prazos .
Onde estão todos que acompanhavam no início nossa caminhada? Estão também correndo atrás dos prazos?
E os colegas? Lendo e relendo as atividades para compreendê-las ? Fazendo atividades que da noite para o dia deixam de ser solicitadas? Abrindo os e-mails para ver a data da aula presencial ?Abrindo o roda para ver a nova atividade para postar até o dia tal? Correndo atrás dos textos para levar para a prova?
Enfim , estou sentindo tudo muito confuso e atrapalhado(também atropelado). Confesso que estou cumprindo os prazos , mas estou decepcionada , pois não sinto o prazer que sentia ao produzir minhas atividades. Estou fazendo , apenas isto , pois sinto que é isto que está sendo avaliado no momento: O prazo. E são tantas atividades complexas, de reflexão , pesquisa, para um tempo tão curto , que realmente não conseguiria fazer algo de qualidade em tão pouco PRAZO.
Sinceramente , estou com muito medo que seja assim daqui para frente , que tenhamos deixado para trás aquele ritmo prazeroso em que vínhamos!
Somente isto!


14 comments:

Unknown said...

Nossa?! Menina, voc~e pegou mesmo o espírito da coisa. Deve ser por estar com as atividades entregues no prazo e saber do que estás falando. Vale! Disse tuuuddddddddddooooooo!!!

Unknown said...

Nossa?! Menina, você pegou mesmo o espírito da coisa. Deve ser por estares com as atividades entregues no prazo e saberes do que estás falando. Valeu! Disse tuuuddddddddddooooooo!!!

Solange Molina Sentinger said...

Olá, Magali!

Por sugestão da Elisângela, via e-mail, passei para dar uma olhada no teu blog e realmente não poderia ter sido melhor dito (escrito)! Concordo contigo plenamente! Éramos felizes e não sabíamos!!! rsrsrs...
Beijos, Solange.

Eliane Porto said...

Que desabafo!!! Pensei que eu era a única a me sentir assim.Tenho um problema sério com PRAZOS,sei que faz parte,mas eu, por ser desorganizada, sofro com isso! Quando vejo:PRONTO!!LÁ SE FOI O PRAZO!Sinto falta das visitas no blog.Raramente alguém deixa recados sobre nossas postagens!FALTA TEMPO. Acho válido teu desabafo."NÃO PODEMOS SE ENTREGÁ PRUS HOME!!!" rsrsrsrs

Nilton Mullet e Paola Zordan said...

Então, também vou comentar! Magali, alunos e colegas. Em primeiro, creio sim que deve haver prazer no processo de aprendizagem, concordo também que realizar uma tarefa não é apenas cumprir um prazo. Mas, cuidado com algo que é muito comum na nossa cultura: a construção do caos. Um curso universitário, de graduação dá prazer, mas implica sim cumprir prazos, implica um grande padecimento, um certo sofrimento que, muitas vezes, nos impede de fazer uma série de outras coisas. Inclusive atrapalha nossa vida pessoal. Na medida em que o curso anda, as dificuldades, as cobranças, se tornam maiores. Isso não significa que esteja justificando nosso equívoco em relação às últimas atividades, mas "para ai não é gente", redefinimos os prazos e, impressionantemente, os alunos de Alvorada estão produzindo muito bons trabalhos sobre a Cronologia. Porque o sentimento de perda e de caos. Creio que vocês ganharam: ganharam em conhecimento, em possibilidade de se envolver com outros textos e outros conteúdos. Além do mais, um curso a distância exige emails. Recomendações e cobranças que fazemos ao vivo precisam ser feitas on line.
Prazer implica também dor e sofrimento, prazer é alegria e sofrimento. Todos nós sabemos que nossa sala de aula, seja na UFRGS, seja numa escola pública de Alvorada, não é sempre um jardim encantado: nós nos equivocamos, os alunos se equivocam; nós acertamos e os alunos acertam. Há conflitos nessas salas de aula e acho que essa é nossa maior aprendizagem.
Magali, não quero de modo algum desconsiderar o você disse, pois concordo com você, mas achei interessante dar uma contribuição, um olhar de alguém que já foi professor por 20 anos da escola pública municipal, da escola pública estadual, da escola particular, a universidade particular e da universidade pública e que foi alunos de todos os níveis posssíveis: graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado.
Abraços e parabéns pelo interesse e pela vontade de ter um curso e uma formação melhor - vamos tentar melhorar e contribuir mais!

Beatriz said...

Oi Magali e com certeza todos os demais alunos do curso, nao pensem a que esse sentimento é só de vocês!! Nós, como professores, também estamos inquietos e sabemos que as estratégias e a organização do semestre têm que mudar. Vocês sabem que o campo da educação é muito difícil de se chegar a um bom resultado imediato, principalmente quando estamos testando novas formas de trabalhar. O curso a distância, do jeito que estamos desenvolvendo, é uma proposta muito inovadora que traz junto as dificuldades de sua própria inovação. Nem sempre os processos se encaminham como imaginamos e muitas vezes se encaminham e a resposta que se tem é que ele não vale a pena. Essa premissa está bem confirmada na questão da alternativa de condensar 2 a 2 as 4 interdisciplinas. Outra questão complicada e que estamos tentando resolver da melhor maneira é, realmente , o acúmulo de atividades fragmentadas. Nem sempre é fácil , dentro de uma determinado campo de conhecimento, condensar os conceitos de tal maneira que caibam dentro de um semestre a distância, com alunos que tem outras tantas responsabilidades. Para nós, tb fica a sensação que tens e , pior, a de que não conseguimos trabalhar a contento no nosso prórpio campo.
Mas isso é o esperado dentro de uma situação nova. Por favor, não pensem em parar o trem e descer!! Nós queremos que todos vocês continuem a viagem conosco, desfrutando do que ela possa oferecer de bom e de prático.Cabe a nós, (estamos fazendo a maior força )fazer com que o trem se movimente de forma adequada, dando tempo a que todos aproveitem a paisagem e possam interagir com ela.
Um abração
Bea

Luciene Sobotyk said...

Oi Magali!
Tua postagem mexeu com as estruturas mesmo!!! Que bom,pois sepassasse desapercebida,estaríamos perdidas.Apenas peço que reflitas sobre a questão de pensar em descer do trem ,como escreveste.Você é ótima em tudo o que faz mesmo que penses que estás apenas respeitando prazos.Pense nisso! Estou apoiando teu desabafo e comentei um pouco disso (neste período enlouquecedor) no meu blog ,antes de ver esta tua postagem.Bom saber que mudanças foram feitas,mesmo que demandando um estress que talvez não fosse necessário.Um beijo grande,Luciene

Daiane Grassi said...

Olá Magali,

Tenha certeza que imagino o que deva estar sentindo. Ando acompanhando e passeando por outros blogs e este sentimento não é só teu. Todavia, SEI que é passageiro! Logo, logo estará tudo “normal”. Contudo, assim como mencionou a Bea e o Nilton, acredito que em nossa caminhada, nem tudo serão flores. O caos faz parte, até para que não nos acomodamos da forma como tudo está! São de profissionais assim que precisamos na Educação! É por esta perspectiva que a UFRGS trabalha! Sujeitos inquietos, que pensem, que reflitam e que exijam o NOVO! Mas que também, além de exigir, se faça “NOVO”. Sabemos o quão és comprometida com o grupo e contigo mesma! Temos orgulho de tê-la conosco, fazendo parte desta equipe! Um abraço e estou aqui para te auxiliar no que for preciso! Fique bem, tudo dará certo! Daiane Grassi

Jurema said...

Oi Magali,andei mesmo assim com vontade de abandonar,sem vontade de fazer as atividades,tudo me chateava,logo eu que sempre me cobrava muito. Percebi que não eram os prazos,muito menos as atividades tocadas em curto espaço de tempo,era eu que não estava bem comigo mesma.As vezes as coisas vem em forma de um ventaval em nossas vidas,mas são verdadeiras lições.Sempre digo aos meus alunos adolescentes que aprendemos muito mais nas derrotas,dificuldades que nas alegrias.Penso que esse ventaval que não foi só para você,tenha te ensinado muito.Eu aprendi muito nesses últimos dias em que eu recebi de muitas colegas do Pólo verdadeiras lições de solidariedade,amizade e o principal carinho para comigo e meus filhos,não pense você que tem sido fácil,as vezes eu me sinto assim louca para desistir,de pular do trem,mas estaria sendo totalmente covarde e não seria verdadeira quando muitas vezes digo as colegas para não desistirem nunca.Outro dia minha filha Brendha(8 anos),diante de uma frase que disse num momento de desabafo me olhou e disse:_Não foi isso que tu me ensinou,essa não é minha mãe,cadê coragem?Me senti muito mais forte em encarar os desafios.Encare eles se vencer terá aprendido mais uma lição em tua vida.Estamos sempre aqui no Pólo se precisar socorro é só pedir,a gente troca muito com os colegas que pedem socorro.Um beijo.Ju

Izolete said...

Oi Magali, entendo perfeitamente o que tu falas a respeito da motivação e as trocas.Mais ou menos no final do mês de abril deste ano me senti assim ,aí parei e pensei sobre o porque das coisas estarem meio devagar e sem a motivação e euforia do semestre passado, aí cheguei a conclusão, de que no semestre passado tudo era novidade,era muita troca, pedidos de socorro,uns ajudando os outros, estávamos aprendendo a andar,eram os primeiros passos de muitos no mundo virtual,por isso se fazia necessária uma presença mais constante por parte de todos no sentido de fazer o "trem" andar.Hoje, passado praticamente um ano do início do curso, acredito que a maioria já aprendeu a andar com suas próprias pernas, ou seja, já tem maior domínio sobre a máquina,aí nesse momento acabamos nos tornando um pouco egoístas ou individualistas,ou talvez nem um nem outro,e sim estamos apenas um pouco reclusos em nossos pensamentos e reflexões para termos tempo de "abastecer o trem"
Abraços,Izolete.

Professora Ivana said...

Oi Magali, passei aqui para deixar um alô e te dizer que teu desabafo também é meu!
A Bea colocou de forma muito sábia em suas considerações sobre a nossa viagem no trem da história. Não podemos esquecer que nós com nossas angústias, inquietações e reflexões estamos fazendo uma nova História de Educação no Brasil, pois o grande problema da educação é exatamente quando a teoria é teoria, coisa pensada em gabinetes e a prática é prática.
Estamos inovando porque estamos vivenciando em nossas salas de aula a verdadeira práxis.
Um forte abraço, Ivana Molina

Kathia said...

Oi Magali,Concordo 100%contigo,nossas angústias são muitas e tu conseguiu expressar claramente todas elas.Queremos qualidade e não só quantidade.Somos este trem,cada um de nós um vagão e juntos tenho certeza que vamos superar esta crise.VALEU.Bjk,Kathia Seib

Alexandra said...

Magali,nem pense em abandonar o trem,estamos juntas nesta caminhada,fiquei surpresa em ler teu comentário,achei que não tinhAS DIFICULDADES NO CURSO,MAS ELAS EXISTEM,ENTÃO VAMOS,TODAS JUNTAS SUPERÁ-LAS,LEMBRA DO FILME SEM NENHUM A MENOS.TENHO CERTEZA QUE TUDO SÃO MOMENTOS E ESTE É APENAS MAIS UM.BEIJOS!

Simone said...

Olá Magali!
É importante que possas nos contar como te sentes. Acredito que cada semestre será diferente um do outro, porque mudam os professores, muda a equipe e os alunos também estarão em momentos diferentes.
Já viste o filme "A voz do coração" ? Ele fala sobre algumas coisas que estudamos nessas últimas interdisciplinas.
Passei aqui para desejar uma boa prova pra ti hoje a noite! Um abraço, Simone - Tutora História & Infâncias sede