Nesta semana recebi um presente da minha estagiária, Maria Emília Culau.
A Maria Emília fez um estágio de 30 dias na turma em que sou regente. Foi um trabalho maravilhoso que ela fez, com atividades de integração entre os alunos , com produções promovidas por ela e realizada pelos alunos de muita qualidade.
Mas quanto ao presente que ganhei dela , foi o livro 'Pedagogia do ser' , de Dulce Moreira Sampaio. Fiquei muito feliz com o presente , pois foi uma leitura muito rica , prazerosa, além de ter vindo ao encontro do que foi levantado na presencial do seminário integrador de 14/05 e sobre o que está sendo abordado nas disciplinas de ciências e Estudos sociais. Vou transcrever aqui alguns trechos do livro que achei muito interessante:
"Segundo Vygotsky, o conhecimento real é aquele que o indivíduo possui e se sente seguro, como resultado de certos ciclos de desenvolvimento já completados , é o nível da autonomia. O conhecimento potencial são as infinitas possibilidades de aprendizagem. A zona de desenvolvimento proximal define as funções que ainda não amadureceram e as que estão em processo de maturação. É exatamente a distância entre o nível de desenvolvimento real e o nível de desnvolvimento potencial do indivíduo. O papel do professor é atuar nesta zona de desenvolvimento , favorecendo as interações , permitindo que o aluno amplie o seu conhecimento e supere seu limite , tornando-se um facilitador da construção de um novo conhecimento e de suas novas descobertas."
" A pedagogia simbólica busca ultrapassar as limitações do ensino tradicional , como a separação entre o sujeito e o objeto , o excesso de verbalismo , a alienação do ensino , do trabalho e da coletividade e o desinteresse crescente pelo aprendizado e a cultura quando se baseia na vivência como fecundo modelo de aprendizado durante toda a vida. 'Quem vivencia não decora. Aprende a vida formando a identidade do eu e do outro(...).Alunos com seu corpo geralmente imobilizado em cadeiras , escutando falar coisas , que não podem ver , pegar , cheirar , ouvir , degustar , amar ou odiar. Alunos ouvindo frases exclusivamente lógicas , desvitalizadas da emoção , do prazer , do lúdico e da dramatização existencial. Alunos sem integração grupal , pedagógica entre si e com o professor. Alunos longe da natureza . Alunos quase que exclusivamente racionais com uma imensa quantidade de conceitos e palavras na cabeça, mas quase sem corpo , sem sociedade , sem natureza , sem imagens e sem emoções'." (Byington, 1996)